segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Amanda-le VI

Há pessoas que não gostam de ler nada de nada de nada.

Para todas as outras há "O dia em que te recordei".

O leitor vai-se abster de fazer a apologia da leitura, hoje não se sente petulante e quem não gosta de pegar num livro que não seja "A Bola" está no seu direito.
Não, o leitor vai apenas fazer a apologia DESTE livro. Porque todos aqueles que lêem, mesmo que seja só de vez em quando, deviam prestar atenção a este título.

"O dia em que te recordei", pela editora TEMAS ORIGINAIS, é a primeira obra de uma nova autora. E 'nova' é a palavra ideal, pois Rita Cipriano mostra-nos o seu talento do alto dos seus dezanove aninhos.

Sim, Rita Cipriano tem o mesmo apelido do leitor. Sim, são de família. E sim, fazendo a soma, dezanove anos ainda conta como 'adolescente'.
Valerá então a pena ler este livro? Não será o leitor parcial, tratando-se da sua prima? É possível, mas não lhe parece.
Pelo contrário, o leitor quer destacar em letras grandes que se trata de alguém da sua família, porque sente orgulho, e quer deixar assinalado em luzes de neón que se trata de uma adolescente, porque isso torna ainda mais impressionante a maturidade e a força da escrita.

Prosa poética sobre Lisboa, ou a cidade vista de quem marca encontros com pessoas em busca das suas memórias... e acaba por se encontrar com as memórias e não com as pessoas.
Acreditem, é bonito de ver, e de ler.

Sigam este conselho, encontrem este livro e sentem-se num local onde se possam abstrair um pouco, depois investiguem as páginas e sejam esmagados pela dimensão eloquente do mundo que a autora criou.
Quem conhece o leitor sabe que ele lê imenso, e não é todos os dias que se encontra uma atmosfera obscura capaz de ensinar umas quantas coisas à célebre autora da saga "Crepúsculo".

O leitor pode tentar mover a sua influência e ver se consegue umas cópias mais baratas. Ele nem consultou a autora sobre isto, mas se ela não se chatear e se sentir benevolente talvez até as autografe.
Têm noção do que um autógrafo de Rita Cipriano pode valer daqui a uns anos?


Desta vez o leitor nem vai terminar a entrada com uma piadola. O assunto é sério.

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