sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Agora chega

- ESTE BLOGUE ESTÁ EM MANUTENÇÃO -


O coitado que escreve isto espera voltar em breve, com ainda mais Aloé Vera...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Vai já daqui IX

Porque a queda de um blogue na decadência não tem fim, e porque o músico não tem juízo, vai continuar a discorrer sobre o nobre assunto que ficou de permeio.
Pimba, que tal esta como introdução pomposa?

Sim, o tema é música outra vez, e há uma famosa teoria que fala sobre o assunto.
Teoria essa que gera controvérsia, quanto à sua origem.
Uns afirmam que as bases dessa teoria surgiram num famoso laboratório dos EUA, onde trabalham uma data de cromos todos com ar de cromos e vestidos que nem cromos, que se masturbam em frente ao computador a ver mamas de mulheres-elfo.
Outros preferem seguir uma corrente de pensamento que afirma que a teoria teve origem nesta alimária deste blogue.
O debate, esse, continua aceso.

Mas passando à frente da sua origem, a teoria chama-se
"Não tenham a mania de saber exactamente o presta e o que não presta"
Também conhecida por
"Teoria do Pimba"

Isto porque a música pimba é ideal para explicar este ponto de vista.
A música ligeira portuguesa é a coisa mais mal afamada que existe. Quais violações de direitos humanos, qual poluição e aquecimento global, nada é tão mau nem chateia tanto como a música popularucha.

E porque é que isto aborrece o músico?
Porque na maior parte das vezes, a mesma pessoa que deitou abaixo, começa a glorificá-la dois segundos depois.
Ah, odeio música pimba!... E agora com licença, que vou ali ouvir um pouco de música pimba.

Porque há uma coisa que muita gente não entende, e este bloque indisfarçavelmente estúpido vai explicar, retomando a sua faceta de serviço público:
Música pimba é a alcunha para música popular portuguesa. E noutro sítio também existe uma outra coisa, chamada música popular anglo-saxónica, que também tem uma alcunha: chama-se 'pop'.
A música ‘pop’, por definição, é simples e popularucha, ou então não seria ‘pop’. E a origem e o objectivo são os mesmos, seja aqui, nos EUA ou na China. Ou, dito de outra forma, a música ‘pop’ americana é a música pimba lá do sítio.

- Ah, mas em Portugal existem as duas, música pop e música pimba!
Sim, mas está-se a falar, na prática, de música popular à moda ianque, e música popular à moda portuguesa. Em essência não são assim tão diferentes.
- Ah, mas a música pimba são só dois acordes!
Sim, mas a música pimba ianque também. Ambas usam sempre a mesma receita, faz parte do conceito. E ambos vêm da sua tradição folclórica. No caso português é o antiquíssimo sol-e-dó. No caso ianque a tradição é muito menor, não anterior ao ‘blues’, uma razão simples para ser considerada mais moderna e ser mais bem recebida pelas gerações actuais.
- Ah, mas a música pimba tem umas letras infantis e brejeiras!
Sim, mas novamente, isso também a pop. A malta é que não vê, ou não quer ver.
- Ah, mas não se pode seriamente comparar o TóQuim Malhadas à Britney Spears!!
Sim, mas pode.

Na Britney está lá a brejeirice toda, ou não? As letras infantis, ou não? Os arranjos já são mais evoluídos, mas isso é porque tem um batalhão de compositores a prepararem as coisas. Também o Tony Carreira os tem, e os arranjos das suas canções atingem logo outro nível.
Mas talvez fique melhor comparar o TóQuim Malhadas, por exemplo, aos saudosos romenos O-Zone. Sim, os do “ma-ia-hiii, ma-ia-huuuu...”. Outros que ficaram rotulados como ‘pimba’. Porquê? Porque cantavam em romeno. Apesar de ser uma canção exactamente igual às outras. Se fosse em inglês, já era um êxito da música de dança, um hino à pop!

No fundo resume-se um bocado a isso. À língua. O pessoal acha que em inglês soa tudo melhor, e está no seu direito.
O que parece errado é levar isso ao ponto de considerar a pimba portuguesa um lixo e ao mesmo tempo a pimba ianque um luxo.

Não será muito mais correcto achar as duas uma treta?
(pessoalmente, o músico tem muita facilidade em concordar com esta)
Ou então achar as duas extraordinárias e essenciais, no seu apelo às massas, no seu escape directo e consumo fácil?
(no fundo, o músico também concorda com esta)
Mas seja o que for, achar as duas ao mesmo tempo, que é uma coisa que não custa nada, não faz mal à saúde e se calhar até faz imenso sentido.

Pensem lá bem nisto.
Que o músico vai ali e já volta, exibir a sua mania de que é esperto.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

É a mil IX

Aparentemente, estas críticas pseudo-cinéfilas não funcionam com ninguém excepto com o seu autor. Por isso vão levar com elas até passarem a gostar!...


ENTRE INIMIGOS – THE DEPARTED
Este é um filme consagrado, feito com base numa trilogia de Hong Kong que por sua vez já tinha conhecido um merecido sucesso.

A versão norte-americana foi realizada pelo ‘mestre’ Scorsese, e pelos vistos toda a gente quis participar. Estão aqui basicamente todas as estrelas que existem em Hollywood.
E o Mark Wahlberg.

Leonardo DiCaprio é um polícia bom que todos julgam que é mau, Matt Damon é um polícia mau que todos julgam que é bom. E ainda temos o Jack Nicholson a tentar passar por irlandês, mas podemos ignorar essa parte.
Junte-se a isto uma história intensa para uma alegoria sobre a natureza do bem e do mal, e diálogos a condizer, e temos os ingredientes que justificam os vários prémios que recebeu.

Ou, para explicar de forma mais resumida, é uma telenovela.

Senão, vejamos:
Por causa da mania do Jack de disparar tiros a torto e a direito, tem de vir o Matt desenrascar as coisas. Entretanto, o Leo tenta descobrir quem é o Matt, ao mesmo tempo que ajuda o Jack a disparar tiros, porque o Matt não sabe quem é o Leo, e o Martin Sheen não lhe diz nada. Então o Matt e o Leo sem darem por isso dormem com a Vera Farmiga, e depois o Matt liga para o Jack, que está com o Leo, a dizer que o Alec Baldwin é parvo.
E ainda tem o Mark Wahlberg.

No fim, como boa novela, morrem todos.
Menos o Mark Wahlberg.

Há quem diga que não se deve contar o fim dos filmes, mas nós estamos à vontade. Como isto é uma telenovela, pode-se considerar esta crítica como um artigo da revista “Maria”.



GHOST RIDER
O Nicolas Cage a combater o mal usando uma peruca, um olhar ganzado e uns artigos de uma loja sado-maso.

E quando vamos a refilar, ele transforma-se num esqueleto metaleiro, e nós percebemos que mais valia o olhar ganzado.

O tema é original, sendo o móbil da acção um contrato de almas condenadas.
Mas depois há uma mota que cospe fogo, uma caveira que assobia e um cavalo que faz torradas com o focinho.
Há um coveiro com amnésia e uma actriz pior a representar do que o vilão a ser ruim.

E se ele é ruim… Primeiro, rodeia-se de três capangas foleiros e que não devem muito à inteligência. Três ‘espíritos do mal’ incapazes de partir um prato não dão grande luta ao Nicolas e ao seu casaco com picos.
Depois, quando tem o galã à sua mercê, o vilão não acaba logo com ele, resolve entediá-lo com um conversa interminável, na qual se certifica de que esclarece cada detalhe do seu plano. A conversa dura o tempo suficiente para que ele seja derrubado por um golpe totalmente previsível para todos excepto para ele.
Portanto, tudo retirado ao pormenor do ‘Clássico Manual para Vilões de Hollywood’.
A única diferença deste vilão é que parece um mau disfarce de gótico para o Dia das Bruxas.

Quanto ao tal plano maléfico, ele consistia, obviamente, em retirar o domínio do Inferno ao Peter Fonda.
Sim, entra o Peter Fonda. É sabido que se o filme for sobre motas, o Peter Fonda tem de aparecer. Neste caso deram-lhe o papel que sobrava, o do Diabo com artrite reumática.
Mas não é só uma bengala que o Mafarrico ganha. Como acaba tudo bem, ele fica com o Inferno de volta.
É para isso que o Ghost Rider cá está, para fazer justiça, matar o demónio mau e restituir o poder roubado a Satanás.

Um bom herói não gosta de pessoas que tentam tirar o que é dos outros.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Inventam-nas todas IX

*** CUIDADO - AVISO ***

A pergunta que todos fazem é, porque é que se correm riscos ao fazer um jantar no Bairro Alto?

Bem, porque no caminho para se chegar lá é preciso subir toda a calçada do elevador da Bica, a tentar limpar um presente canino da sola, e a fugir de um canzarrão que nos quer ferrar os dentes.

Porque nos dizem para virar esq-dir-esq-dir-dir e entrar no segundo restaurante, que se chama "Adega qualquer coisa", mas quando o fazemos e entramos à campeão no restaurante corremos aquilo tudo até ao fim, incluindo a segunda sala que afinal é a casa-de-banho, e amigos nada.

Porque depois de muita busca e muito telefonema percebemos que algures nas indicações se enganaram e nos deram uma 'direita' que afinal era 'esquerda', sendo que logo por azar em ambas as ruas o segundo restaurante se chamava Adega qualquer coisa.

Porque antes de pedirmos o jantar anda uma barata enorme pelo tecto, a tratar da sua vida, percorre calmamente o restaurante todo, e passa mesmo por cima do quadro que diz "há livro de reclamações" antes de o empregado a matar.

Porque mesmo assim acabamos por jantar nesse tasco.

Porque ao fim de algum tempo estão as raparigas todas juntas a falar de homens, e os homens todos juntos a tentar seguir a conversa das raparigas.

Porque como deixaram os homens sozinhos e sem supervisão, depois faz parte da lei ouvirmos todas, mas todas, as anedotas que existem e mais algumas inventadas sobre menstruação.

Porque depois somos obrigados a beber sangria, mesmo se não tocamos em álcool, que os supersticiosos ainda caem nessa mania ridícula que se vê mesmo que foi inventada por bêbedos de que não se brinda com água.

Porque como esse brinde foi o único álcool que bebemos, depois cometemos o disparate de ir na rua e mandar um berro a dizer "Ao contrário de vocês eu estou sóbrio!", um segundo antes de mandarmos uma chapa enorme contra uma vitrina.

Porque para terminar a noite pode chegar um tipo ao pé do grupo a perguntar se temos cigarros, e quando alguém diz que sim e pega no maço ele vai-se embora e vai perguntar a outros.

Esta besta de blogue espera que estas respostas elucidem.
Jantar no Bairro é uma proeza apenas para os mais treinados.

*** CUIDADO - AVISO ***

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Amanda-le IX

Foi um aniversário com particularidades deliciosas:

1. Os parabéns foram cantados três vezes.
(E de cada uma das vezes, naquela parte do "para o menino..." disseram um nome diferente)

2. A locutora de rádio alinhou no seu programa uma canção em homenagem ao menino.
(É verdade, podem e devem consultar a Nemesis , oficialmente a rádio de internet mais ouvida do país)

3. A super-irmã cometeu a proeza de ir a um centro de explicações para ser contratada, enganar-se e entrar no sítio errado, e ser contratada nesse novo sítio.
(A propósito, isto é assunto sério, quem quiser, conhecer, ou ouvir falar de alguém que precise de explicações de matemática até ao 12º ano, faça favor de deixar uma mensagem neste blogue!)

4. Foram tantas sacadas de prendas que o menino mal podia carregar com tudo, até parecia Natal há 20 anos.
(Se bem que noventa por cento dessas prendas vinham em sacos de plástico e nem sequer estavam embrulhadas. Também não se pode ter tudo...)

5. O bólide passou a mágica marca dos 100.000 quilómetros.
(Sendo que o menino até abrandou o carro para filmar o grande momento, a porcaria do telemóvel deu o berro, e resultaram dois filmes, um que acaba nos 99.999 e 900 metros e outros que começa nos 100.000 e 100 metros)