sábado, 30 de janeiro de 2010

Choram as Pedras VIII

Esta semana, dois assuntos:
Atentem nas palavras deste blogue, que ele não dura sempre.


(Sim, a frase anterior resume qualquer assunto na perfeição, portanto devia ser mais do que suficiente.
Mas parece que há quem precise de ver as ideias mais elaboradas, por isso começamos pelo primeiro assunto. Quando esse terminar seguir-se-á o segundo.)


- Dizem que os caloiros devem ser caloiros.

Quando o caloiro foi caloiro, não percebeu qual era a piada das praxes.
Deixou-se 'apanhar' no primeiro dia numa faculdade, e pouco tempo depois no primeiro dia na outra faculdade. Sendo que se um deles foi um dia bem giro, até inesquecível, o outro foi uma tristeza feita por gente sem o mínimo espírito da coisa.
A partir daí o caloiro aprendeu a 'safar-se', recorrendo a um portefólio de manobras bem esgalhadas, e nunca mais se chateou.

Mas isto é um espinho que tem atravessado. Custa a admitir, o caloiro odeia espinhos atravessados.
Não as praxes propriamente ditas, mas mais o ter deixado. Porque o que o caloiro devia ter feito não era aprender a safar-se, por muito esperto que tenha sido. Devia era ter dito logo para os veteranos se irem encher de merda, e chatear outro caloiro qualquer.
Ainda por cima sendo ele contra as praxes. Isso era o que ele diria hoje, porque não o disse na altura, aos 18 anos?
Enfim, somos miúdos, e estamos sempre a aprender, e dizem-nos que as praxes fazem parte, e essas tretas todas...

De qualquer modo, o caloiro não gosta nada dessas práticas que são erradas, idiotas, injustas, ou tudo isso em simultâneo, mas que se fazem a quem é principiante, porque sempre se fez, porque quando fui eu também passei por isso, porque até tens sorte, dantes era pior

Há coisas que simplesmente não se fazem, há atitudes sem sentido que as pessoas tomam, e por vezes é tudo um bocado ignóbil, mas... fazer o quê? Não se pode mudar o mundo, francamente! E além disso alguém tem de pagar pelo que elas passaram!

Para quem não percebeu, ele não está a falar só de praxes. Isto tem muito mais implicações do que apenas a faculdade, e mais graves. Quem quiser que as encontre nestas palavras.

Ah, a propósito, o caloiro é um super-herói.

O caloiro foi praxado, mas quando se tornou veterano não praxou ninguém.
Porque se ele acha que está errado, não o faz. Mesmo se sempre foi assim. Mesmo se lhe fizeram a ele.
Isto será assim tão díficil?
Será mesmo preciso ter super poderes?

Sem comentários:

Enviar um comentário