quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Vai já daqui VIII (2ª parte)

Ah pois, isto não ficou acabado!

E sobre este assunto, o melómano tem ainda a afirmar ao mundo que não sabe para que raio existem cursos de música, com dezenas de graus e especificações. Meu, que inutilidade de desperdício supérfluo e desnecessário!
Todos os especialistas concordam que, na bela espécie humana, a evolução genética codificou os cromossomas para desde a nascença dominarem a melodia, a harmonia, a composição sonora, e segundo o melómano ouviu dizer, até uma coisa qualquer chamada solfejo.
Portanto, até o mais incauto dos humanos é uma divindade no que toca a assuntos musicais.

Ou então não!...
Ou então não é nada disso, e existe o facto de que para poder falar como um especialista de qualquer assunto, convém ter alguma aplicação e cultivo do tema, ou até mesmo - incrível! - algum estudo.
Só que no que toca à ‘bela arte’, a malta julga que é um pouco mais fácil. Para ser um especialista basta ter língua, e saber utilizá-la de modo a formar palavras.

E esse é o erro número um.

Não é que as pessoas não possam emitir a opinião, o melómano já deixou escrito que ninguém no seu perfeito juízo diria uma barbaridade dessas.
...É mais um caso de dar comedimento a essas opiniões.

Malta, de forma resumida:
Não tenham a mania de que sabem tudo o que é “bom” e “mau”.

Se o pessoal entender esta ideia simples, vão-se evitar aqueles momentos tristes, e que já foram aflorados noutros locais deste blogue indisfarçavelmente estúpido, aqueles momentos a que o melómano gosta de chamar “Não oiças Beethoven, ouve antes Avril Lavigne”.

Há alturas onde toda a gente esquece aquela humildade que existe para reconhecer que por vezes que não se percebe muito de um assunto.
O melómano também enfia a carapuça, também lhe acontece ter a mania de se armar em campeão...

Mas claro que esta não é uma dessas alturas!
E nesse espírito, o melómano gostava de falar sobre algo que quem o conhece estava mesmo à espera de ver quando é que aparecia. Trata-se, como é óbvio, do conhecido síndrome Delfins/José Cid.
O melómano não entende muitas coisas, e uma delas é porque raio apareceu a moda de que essas duas bandas são a pior coisa que existe. Ou melhor, até entende, tem de haver alguém para embirrar e calhou nesses.

É certo que Delfins agora andam chatos com um acaba-não-acaba, e na verdade o José Cid, entre o tempo que levou a pensar neste assunto e escrever sobre ele já voltou a estar na moda - modas é mesmo uma coisa totil...
A sério, não se encontrou nada "melhor" para criticar? É que, logo Delfins e José Cid?!? Que entre eles já criaram mais êxitos que todas as outras bandas juntas? Parece piada de mau gosto.

São as vozes irritante, dizem alguns. São as letras, diz a maioria. Entretanto, nomes como Jorge Palma e Paulo Gonzo, por exemplo, são idolatrados por esses mesmos atributos.
Então e se só para entrar no jogo, o melómano pegar nesses nomes para provar justamente o oposto?

A acusação apresenta ao meretíssimo as provas A e B.
Jorge Palma e a sua lírica:
«Está a saber-me mal
Este Whisky de malte
Adorava estar "in"
Mas estou-me a sentir "out"»

Paulo Gonzo e a sua poesia emprestada:
«São duas da tarde e ainda estava a dormir
Foi bom teres falado estou mesmo a sair
Essa voz maviosa, logo pela manhã
Bate-me com mais speed que um Gorosan»


Pronto, a verdade é que tudo o que está para atrás foi encher chouriços para poder ter uma desculpa para pôr estas duas quadras aqui! OMG, ROTFL, O melómano adora-as de morte!!

Mas foi divertido, confessem lá.
E uma coisa é certa, foi bem melhor estar a ler isto do que a ouvir {inserir nome de banda aqui}.

1 comentário:

  1. Os Delfins eram a melhor banda portuguesa, tenho muita pena que tenham terminado.

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