sexta-feira, 15 de maio de 2009

Amanda-le

O latifundiário tem quase a certeza de que comprou uma casa. Ele acha que era numa rua calminha, onde as casas até eram todas iguais e encostadas umas às outras.
Ele podia mesmo jurar, mas os gajos arranjam formas extraordinárias de que fazer com que ele já duvide de si próprio.

Quando a casa demorou quatro anos a aparecer, o latifundiário pensou se não se teria equivocado...
Quando a casa, ao aparecer finalmente, não era bem como vinha nos esquemas dos arquitectos, o latifundiário hesitou se não teria sonhado tudo...
Agora, quando a Companhia do Gás diz que a rua tem o número 5, o 7, o 11, o 13, e todos os números ímpares alguma vez escritos pela mão humana... menos o 9... O latifundiário começa seriamente a pensar se a compra aconteceu mesmo.

Entretanto, quando ele liga para a Companhia, os diligentes telefonistas parecem indiciar que a casa na verdade não existe porque o mundo é todo vácuo e ilusão, e que realmente o contínuo espaço/tempo é uma mentira.
Na Caixa Geral, por outro lado, ainda estão nas paredes as marcas do vomitado que os nervos do latifundiário lá deixaram, no dia em que assinou a escritura.

Em quem acreditar?
Quem concordar com a opinião do latifundiário, que acha que o '9' também faz parte dos números ímpares, é favor assinar na 'petitiononline'.
Se alguém, por outro lado, sempre quis viver numa casa fantasma que oficialmente não existe, é favor fazer a sua oferta na 'ebay'.

Comprar uma casa é um grande acontecimento na vida de qualquer pessoa, e o latifundiário está feliz. É este o desafio, partilhem dessa felicidade!



E no que toca a desafios, o latifundiário soube de outro, também esta semana.
E este resume-se numa palavra:
Diasfendonese.

E pronto, é isto. Diasfendonese.

Eventualmente poder-se-á perguntar, o que é diasfendonese? Bem, diasfendonese, tal como o nome obviamente indica, é um ritual de esquartejamento da Grécia Antiga, mas não é essa a questão.
A questão é que um bom amigo do latifundiário descobriu esta palavra, e ficou chocado ao constatar que também estava na internet. Conta ele que iniciou então uma busca intensiva, e não encontrou palavra, por mais rara ou estranha que fosse, que não estivesse mencionada pelo menos uma vez na rede global.

Diz ele que ao fim de horas ia sarrafaçando o computador todo e nada, pelo que tomou uma decisão.
Uma vez que ele é uma pessoa que quem o conhece sabe que gosta de objectivos e desafios, - e o latifundiário diria mais que ele não leva a mal, é uma pessoa de pancadas - resolveu lançar um repto:
Ele oferece 40 euros à primeira pessoa que encontrar uma palavra da língua portuguesa que não esteja na internet.
Tem de ser uma palavra legítima, que terá de ser provada através da apresentação de um livro/dicionário onde ela esteja definida.
A oferta aumentará 10 euros por cada mês que passar a partir de Junho.

Isto não é piada, é mesmo um concurso sério, com dinheiro vivo. O latifundiário não sabe o regulamento todo, mas ele existe e está escrito.
Só não é ao nível do totoloto porque o prémio é menor e faltaram as trombas dos membros do júri dos concursos.

Ele pretende somente provar que a internet ainda não é o maior repositório de conhecimento humano, e não pode suplantar centenas de bibliotecas com séculos de existência.
Nas palavras dele, "Se existir ao menos uma só palavra que não esteja lá, então a internet ainda não tomou conta das nossas vidas".

Pretende ainda que o concurso se espalhe, pelo que fez prometer ao latifundiário que aqui o iria divulgar. O latifundiário teve o cuidado de lhe dizer que se ele conta com este blogue para difundir seja o que for está um pouco enganado, mas cumpriu o prometido.

Agora, também lhe apetece dizer acerca disto, a probabilidade não é alta. O facto de se encontrarem desafios como os que foram escritos aqui, é a prova mais do que provada de que na internet há mesmo de tudo!
De qualquer modo, boa sorte!

Sem comentários:

Enviar um comentário