segunda-feira, 15 de junho de 2009

É a mil III

Como tal, dizem ao cidadão que ele devia ter tento na língua antes de falar no Bloco de Esquerda, que tudo o que ele alguma vez disse neste blogue está mal, e que ele é homossexual.

Ora, isso está totalmente errado. Não a parte do blogue ser uma treta, nem a parte do BE. Mas o resto sim, primeiro porque ainda se continua a usar essa boca imbecil como se a orientação sexual fosse um insulto, e segundo porque no caso do cidadão até está errada, e basta perguntar em qualquer clube sado-masoquista com zoofilia travesti de Lisboa.

Não, a sério, o cidadão garante não o vai voltar a fazer. Até mesmo porque o partido em questão lhe dá pesadelos. Falar sobre o BE nunca mais!
Ah, a propósito, o cidadão acabou de saber que o BE teve o terceiro deputado eleito para o Parlamento Europeu e vai ter de falar agora sobre isso.

Porque convenhamos, se dois deputados do BE irritam muita gente, três deputados do BE irritam muito mais...
Onde é que isto vai parar, afinal?
Já só falta agora que nas legislativas fiquem em primeiro. Seguidos de perto pelos exacerbados dos ultra-nacionalistas, é claro, ao menos de extremismos estaria tudo bem servido.
Bem, isso é que iam ser umas sessões no Parlamento, o BE e o PNR a discutir os destinos do país!!!

Entre uns tipos com camisolas do Che Guevara a atirar cocktails molotof, e uns cabeças rapadas a atirar cocktails molotof contra os cocktails molotof dos outros, era coisa para enchentes na assistência e bilhetes a custar fortunas no mercado negro!
(Correcção, se o PNR for a segunda força política, passará a ser "mercado branco"...)
Claro que nem todas as sessões seriam uma batalha campal, isso é extremamente redutor. Haveria algumas rigorosamente sem armas, sendo apenas permitidos insultos capitalistas acima da cintura. E vá, atirar uma ou outra cadeira quando a polícia de choque não estivesse a olhar.
(Correcção, não haveria polícia de choque, porque o BE acabaria com todas as forças de autoridade. O equipamento passaria para as mãos do PNR, que assim conseguiria bater muito melhor nos imigrantes)
O plenário não seria na sala das sessões, mas nos corredores - agora denominados pelo BE como "galerias dos grafitis" -, porque o hemiciclo estaria reservado para o cultivo de marijuana.

A educação, saúde e justiça seriam entregues a Cooperativas Nacionalizadas de Operários Minoritários. Como ninguém sabe o que isso significa, basicamente era cada um por si.
Se algo correr mal, investiga-se a carteira do indivíduo. Se não tiver dinheiro, então é imigrante e o PNR espanca. Se tiver dinheiro, então terá roubado esse dinheiro aos pobres, pelo que o BE diz ao PNR que é imigrante, e o PNR espanca.

Os governos durariam no máximo três horas e meia, depois eram remodelados. Para toda a gente ter a oportunidade de ser primeiro-ministro.

Isto enquanto houvesse políticos do BE. O facto de não terem um governo contra quem berrar, lutar e reivindicar, poderá fazer disparar a taxa de suicídios.
...Políticos do BE a cair como tordos?
Aahh, os pássaros cantam em honra das borboletas que esvoaçam nos arco-íris, e tudo está bem no mundo...!

Falta só dizer que as pessoas continuariam tão materialistas quanto antes, simplesmente graças a fortes medidas de incentivo por parte do governo, seria mais fácil obterem aquela televisão plasma que é demasiado grande para a sala. Bastaria partir o vidro da vitrina e ir buscá-la.
E se algum político do BE os chamar de contra-revolucionários, dá-se-lhe na tromba com a batedeira que vem de oferta com a televisão.
...Políticos do BE a levar com electrodomésticos na cabeça?
Aaahhh, fica-se por aqui, é um pensamento demasiado bonito...!

O que vale é que isto nunca vai acontecer porque, como é óbvio, as pessoas nunca vão votar no BE... não, espera, aqui falha, o cidadão esquece-se sempre desta...

Estes modelos governativos surreais fazem lembrar ao cidadão aquelas almas que reclamam que venha "um salazar". Ninguém com mais do que meio neurónio quer uma ditadura, supõe-se que será apenas uma chamada de atenção, por estúpida que seja, para que certas coisas mudem. Ver o BE no poder encaixa-se na mesma categoria.
E também a eleição do Poupas da Rua Sésamo para a Casa Branca. E a vinda do Cthulhu.

Caraças pá, que se este blogue consegue comparar duas vezes o BE ao PNR, e uma vez ao 'doutor oliveira', talvez não seja assim tão mau...!

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